sexta-feira, 3 de setembro de 2010








Carlos era um garoto estudioso. Seu problema era a falta de paciência.

Se ele estivesse fazendo a lição de casa e algo saísse errado, logo se irritava. Jogava longe o caderno, a régua, o lápis e desistia do trabalho.

A atitude preocupava seus pais. Os conselhos eram reprisados todos os dias. Sem nenhum efeito.

Uma manhã, ao abrir a janela do seu quarto, Carlos viu um beija-flor sobrevoando o jardim.

Debruçou-se na janela e ficou observando. O lindo pássaro, de penas verdes e azuis, batia rapidamente as asas, parava diante de uma flor.

Depois descia até o chão, pegava um raminho e subia até o galho de um pinheiro.

Tornava a descer e subir, sempre carregando um raminho no bico.

A cena deixou Carlos extasiado. Chamou o pai, a mãe, o irmão. Todos ficaram longo tempo olhando o trabalho contínuo do beija-flor que logo teve ajuda da sua companheira.

O encantamento era geral.

Naquela noite, houve uma violenta tempestade. Ventos fortes. Chuva.

Pela manhã, o ninho estava no chão. Carlos ficou olhando triste. Tanto trabalho por nada.

Logo o sol saiu. Os ramos começaram a secar. A natureza tornou a sorrir maravilhas.

O casal de beija-flores se apresentou no jardim e recomeçou a tarefa. Raminho após raminho foi sendo levado. A construção do novo ninho demorou alguns dias. Tinha a forma de uma concha bem funda.

A fêmea se acomodou e botou dois ovinhos.

Carlos passou a visitar o ninho. Se a fêmea se afastava, ele ia dar uma espiadela.

Numa bela tarde, que surpresa! Os filhotinhos haviam nascido. Já estavam com os biquinhos abertos, esperando que a mamãe beija-flor colocasse o alimento.

Nessa hora, o pai de Carlos aproveitou para falar:

Você já imaginou, meu filho, se no dia daquela tempestade, quando o ninho caiu, os beija-flores tivessem desistido?

O exemplo deles é de persistência e paciência. Procure reforçar essas qualidades dentro de você.

Se você desistir, na primeira dificuldade, perderá a chance de realizar coisas maravilhosas. Pense nisso.

* * *

Existem muitos animais que dão ao homem excelentes lições. Assim é a abelha com sua disciplina, a aranha com sua perseverança, a pomba com sua mensagem de paz, os pelicanos com seu exemplo de fidelidade.

As aves estão presentes na literatura desde épocas remotas. Elas figuram na Bíblia, nas obras de autores clássicos da Grécia e de Roma, em fábulas e histórias famosas.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Aplicando a arte de conviver...

A escola é um espaço social de convivência de pessoas, e não uma linha mecânica de serviços e produção de resultados. Muitas escolas já compreendem isso e tentam equacionar o ensino com a formação de um ambiente humanizado de trabalho. Mas não são todas as escolas, pois muitas insistem em políticas e práticas desumanas.

Para que a escola seja um bom espaço social de convivência temos que entender o significado mais profundo da palavra convivência:

a) Saber viver com o(s) outro(s).
b) Compartilhar pensamentos e emoções com o(s) outro(s).
c) Construir relações enriquecedoras com o(s) outro(s).
d) Entrelaçar a história da minha vida com a história de vida do(s) outro(s).

Tudo isso é convivência, mais ou menos facilitada de acordo com dois fatores principais: nossa predisposição em conviver com o(s) outro(s), e a predisposição da escola em fazer do ambiente de trabalho um ambiente acolhedor e facilitador da convivência.

Conviver é a arte de estar com o outro, sentir o outro, respeitar o outro, compartilhar com o outro, somando valores e ideais.

Num bom ambiente de convivência encontramos o refinamento da competição, que deixa de ser destruidora para passar a ser solidária, ou seja, cooperativa, o que, aliás, deve proporcionar a educação.

Para transformar o ambiente de trabalho num bom ambiente de convivência, siga as seguintes dicas, feitas especialmente para você, que é gestor escolar:

1. Em reuniões com a equipe, saiba também ouvir.
2. Saiba pedir sugestões à equipe.
3. Procure sempre ouvir opiniões sobre suas decisões.
4. Evite julgar as pessoas.
5. Busque nas pessoas que trabalham com você os aspectos positivos.
6. É bom admitir ao grupo suas falhas e pedir desculpas.
7. Interaja com os outros.
8. Sempre que necessário, peça ajuda, você não é infalível.
9. Substitua piadas de mau gosto por incentivos à autoestima.

E lembre-se: exercite sempre o diálogo. Não fique fazendo guerra verbal. Troque idéias e opiniões, converse naturalmente.

É melhor trabalhar num ambiente de convivência salutar, do que num ambiente estressante e não motivador.

Afinal, como podemos educar crianças e jovens se somos deseducados com os adultos que trabalham conosco?

*Marcus De Mario é diretor do IBEM, editor da revista ReConstruir, educador e escritor

A arte de ser Educador







“Ninguém começa a ser educador numa certa terça-feira às quatro horas da tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática”




(Paulo Freire, em “A educação na cidade”)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ser criança






Ser criança
Saber brincar
Sonhar com a vida
E em nada pensar

Ser criança
Saber buscar
O melhor pra vida
Sem se preocupar

Ser criança
Saber se educar
Aprender coisas boas
Pra vida mudar

Ser criança
Nascer pra vida
Crescer pro mundo
Viver pros outros
Lutar por si

Ser criança
Se divertir
Estar alegre
Tentar sorrir

Ser criança
Na inocência
Na adolescência
Na meninice
No tempo adulto
E na velhice

Ser criança
Ser natural
Aproveitar o tempo
A viver legal

Ser criança
Pensar em Deus
O Pai do céu
Que a vida lhe deu

Ser criança
Não importa como
Sorrir pra vida
Mesmo chorando

Ser criança
Criança amor
Criança esperta
Criança imagem
Do Nosso Senhor





à você criança,
um beijinho e um abracinho
com as bênçãos do Papai do Céu!!!

quarta-feira, 5 de maio de 2010





Como são as mães, suas características e emoções

Mãe erra e acerta,
lembra e esquece
Mãe ri, e chora.
Mãe nos adora.
Mãe puxa a orelha,
depois faz brincadeira.
Mãe proíbe, depois permite.

Briga, esbraveja,
Depois volta e beija.
Mãe frágil,
Mãe fortaleza.

Mães podem ser diferentes,
na forma de agir, e no modo de educar.
Mas todas são importantes;
E todas sabem amar.

Mães são assim,
Seja ela, mãe de
sangue, ou de coração.
Todas elas são feitas, de
amor, carinho, e dedicação.

Feliz dia das Mães!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

SER AVÓ


Ser avó é sentir felicidade
É conhecer um amor doce, profundo,
É viver de carinho e ansiedade,
É resumir nos netos o seu mundo!

Ser avó é voltar a ser criança,
É fazer tudo pelo neto amado...
É povoar a vida de esperançaS

É sempre bom aprender cada vez mais...



Mais uma semana de curso de Informática.Que legal!!!

Gifs Animados

terça-feira, 6 de abril de 2010

Ser Mestre


Tarefa difícil mas não impossível.

Tarefa que pede sacrifício incrível!

Tarefa que exige abnegação.

Tarefa que é feita com o coração.

Nos dias cansados, nas noites de angústia, nas horas de fardo, da tamanha luta.

Chegamos até a nos questionar:

“Será, Deus, que vale a pena ensinar?”

Mas bem lá dentro responde uma voz, a que nos entende e fala por nós.

A voz da noss'alma, a voz do nosso eu. – Vale sim, coragem!

Você ensinando aprende também.

Você ensinando, faz bem a alguém...

e vai semeando, nos alunos seus, um pouco de paz e um tanto de Deus.



Autor desconhecido

segunda-feira, 29 de março de 2010

É tão lindo!!!


Sem preconceitos...
Com amizade e com afeto!!!

domingo, 7 de março de 2010

Evitando as birras infantis


Vejamos como podemos evitar as famosas birras infantis, que provocam tanto mal-estar e constrangimento, preferencialmente em lugares públicos como lojas, restaurantes, supermercados e afins.

Evidentemente que os pequenos escolhem tais locais porque já perceberam que é mais fácil conseguir o que desejam. E os pais caem direitinho, também porque não querem incomodar os outros. Este tipo de comportamento acontece quando a criança (desde muito cedo), não percebe a diferença entre o tom de voz que ordena e o que pede e que pode ser negociado e, portanto, testado a cada situação que lhe convenha. E o mais interessante, é que aquilo que a criança tem vontade não é essencial e nem necessário. Funciona apenas como um confronto de poderes entre ela e os pais. Como um cabo de força.

Os adultos ainda subestimam a inteligência do próprio filho e acreditam que por ser muito novo não tem capacidade de manipulá-los para conseguir satisfação.

Por outro lado, não se pode perder de vista que entre dois e cinco anos, a criança ainda está assimilando o que sejam regras sociais e limites, como também não tem controle sobre suas emoções mais fortes. É totalmente dependende de um adulto que contenha seus impulsos desenfreados, mas sem agressividade.

Assim, evite levar seu filho para fazer compras ou comer em restaurante bem na hora que deveria estar dormindo em sua caminha aconchegante.

Se for fazer uma visita, peça para seu filho escolher um ou dois brinquedos para levar, o que a ajudará a passar o tempo se distraindo também.

Não fique longos períodos em lugares agitados ou cheios de gente estranha ou que não sejam de grande interesse para a criança, pois fará com que se assuste e se irrite mais facilmente. Afinal, programa de adulto é para adulto. Não espere que seu filho se comporte adequadamente por horas a fio, que não acontecerá.

Caso tenha que lhe chamar a atenção, não o faça na frente de outras pessoas. Leve-o para um lugar afastado e esclareça que não tem o direito de magoar ou irritar as pessoas. Evite grandes discursos, pois após um ou dois minutos, a criança se cansará e deixará de ouvir. Se tiver que impor um castigo, para cada ano de vida, um minuto correspondente, sempre dizendo o motivo pelo qual está sendo punida. É suficiente para aprender.

Porém, se ela se comportar como esperado, não se esqueça de elogiá-la, incentivando-a sempre.

Lembre-se sempre: ser pai ou mãe exige tempo, disponibilidade e paciência. Muito tempo, muita disponibilidade e muita paciência.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Lendo desde a infância


Lendo desde a infância
Criança necessita de apoio, carinho e tudo mais.
Ajude seu filho, dedique momentos exclusivos a ele
Ame-o incondicionalmente
Tire tempo para contar histórias
Tire tempo para ouvir histórias
E seu filho será um grande leitor

A atuação do professor da Educação Infantil






O professor que atua na educação infantil deve ter uma preocupação específica de como lidar com as crianças no dia-a-dia e em situações especiais. Ao se tratar de alunos iniciantes no convívio escolar surgem situações diferentes e inesperadas em relação às demais fases escolares.

A criança tem um jeito próprio de encarar as novas etapas que vão surgindo em sua vida. Muitas vezes pais e educadores encaram esses acontecimentos com maior dificuldade que a própria criança que está passando por determinada vivência.
O ideal é que o professor tenha algumas atitudes, estratégias e comportamentos que favoreçam uma melhor aceitação e desenvolvimento dessa criança no ambiente escolar e até mesmo no seu dia-a-dia, podendo, inclusive, colocar em prática certos conhecimentos adquiridos, porém de forma meio que inconsciente.

Buscando compreender melhor o mundo infantil e a aceitação da criança nessa nova experiência sugere-se algumas dicas de como proceder no mundo infantil:
• Buscar organizar o espaço infantil de forma que o ambiente proporcione harmonia nos aspectos psicológicos e biológicos da criança;

• No período em que a criança estiver no Jardim de Infância, passar a sensação de um mundo mais lúdico no qual a criança, apesar de estar passando por um processo de educação e aprendizagem, não se sinta educada formalmente.

• Criar hábitos de correção com suavidade e fineza.

• Ao propor atividades para as crianças, conduza-as da melhor maneira possível, de forma que essas venham lembrar-se do momento com saudade.

• Preparar o momento da leitura com maior carinho possível, visto que se trata de um momento mágico para a criança, bem como estimula o crescimento do vocabulário preparando-a para a alfabetização.

• Observar bem os seus alunos, podendo detectar o que pode melhorar ou até mesmo o que deve ser eliminado.

• Ter consciência que punições devem ocorrer para corrigir maus hábitos, porém busque a melhor forma de realizar, fazendo com que a criança tenha consciência do erro.
Ressalta-se que o bom professor aprende junto com seus alunos, antes mesmo de propor a educá-los.

O papel de avó




Por trás de um grande homem, há sempre uma grande mulher. Quem não se lembra dessa frase célebre, tão válida no modo de vida americano do meio do século passado, quando o mundo era só progresso? Pois em pleno século XXI, bem se poderia dizer que por trás de uma bem-sucedida mãe e profissional, há sempre uma generosa avó!

Personagem fundamental nessa logística intrincada das mães que trabalham, as avós (mães da mãe ou do pai) são as pessoas mais confiáveis para se entregar o netinho e sair para a labuta.

“Todos os dias pela manhã, antes de trabalhar, pego o meu filho no berço, enrolo num cobertor e levo para a casa da minha mãe. Mas antes de entregá-lo, dou um beijo no seu rosto e sempre digo “filho, mamãe está indo trabalhar para conseguir dar uma vida melhor para você, mas quero que saiba que eu te amo.” O depoimento dessa paulista, assalariada, com filho de até dois anos, poderia ser o de tantas outras.

Definitivamente o suporte dado pelos avós para quem tem filhos pequenos (ou nem tão pequenos) é uma mão na roda. Não à toa casais jovens escolhem a proximidade de um dos pais para morar, pois podem contar com esse valioso apoio.

De outro lado, aqueles que não têm família por perto, sempre se queixam da falta que faz. Avós, antes de tudo, são uma ajuda amorosa, confiável, paciente, desinteressada e gratuita. De outro lado, constituem uma maneira das pessoas na maturidade se sentirem valorizadas e úteis, às vezes redescobrindo talentos ou prazeres há muito esquecidos. Da leitura de um livro a uma brincadeira, ou até um avô dedicado resgatando com os netos momentos que não pôde acompanhar na criação dos filhos.

A arte de ser avó

”... a arte de ser avós consiste, antes de tudo, na arte de ser pais de filhos adultos, o que requer um delicado equilíbrio entre estar disponível quando necessário e não ser invasivo. Pois mesmo depois de serem pais, os filhos precisam de apoio, reconhecimento e até de proteção, ainda que às vezes tenham certa resistência para confessar. Talvez em qualquer etapa esse tipo de apoio seria bem-vindo. Até mesmo quando temos de aprender a ser avós”.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Inicio do ano letivo 2010





A acolhida nos primeiros dias de aula é fundamental para estabelecer o vínculo do aluno com a escola



Depois de planejar com a equipe gestora, os docentes e os funcionários como será o ano na sua escola, reserve um período da semana pedagógica para organizar a recepção dos alunos na primeira semana de aula. Os professores já terão informações sobre as turmas para as quais darão aulas e isso certamente ajudará nas relações que se estabelecerão no início do ano letivo. Com todo o grupo, pense nos detalhes que farão com que os alunos se sintam acolhidos e formem (ou fortaleçam) os laços afetivos com a escola – condição importante para que a aprendizagem aconteça. A seguir, uma pauta para você discutir com a equipe:






1. Organização das salas

Antes de os alunos chegarem, combine com professores e funcionários a maneira como a sala de aula deve estar organizada. No primeiro dia, as formações circulares facilitam a integração e por isso são mais indicadas do que fileiras (que não favorecem a socialização). Nas salas da Educação Infantil, aconselha-se a organizar cantos de brincadeiras para ajudar a entreter as crianças antes que a turma esteja completa e também já iniciando um processo de socialização e aprendizagem. A coordenação pedagógica, junto com os professores de cada turma, poderá decidir quais cantos são mais interessantes para as diversas faixas etárias.



2. Recepção

Decidam em conjunto o local em que cada um receberá os alunos. A sugestão é que a equipe gestora fique no portão para cumprimentar não somente as crianças e os jovens mas também os pais que costumam acompanhar os filhos à escola. Os professores podem esperar pelos alunos na porta da sala de aula. Combine com os funcionários de apoio que eles se posicionem nos corredores e em locais em que possam ajudar a informar a localização de cada classe ou ainda orientar sobre o caminho para os banheiros, o bebedouro etc. e outras dúvidas que os estudantes possam ter.




3. Apresentação em sala de aula

Reflita com os professores sobre a importância de apresentar os novos alunos aos demais antes do início dos trabalhos. Peça aos docentes que estimulem a criança a falar um pouco sobre ele mesmo, seu histórico e sua relação com os estudos. Depois, todos podem contar o que fizeram durante as férias. Os professores podem contribuir dando ideias para organizar esse momento e apresentar maneiras de fazer isso. Exemplos: cada aluno pode contar sobre algo que aprendeu nas férias, um lugar que visitou, uma história que leu ou assistiu. Entre os mais velhos, também é interessante falar dos planos que têm para o ano, o que pode incluir um curso ou uma atividade extra ou estudar para o vestibular.



4. Tutoria dos veteranos

É comum que os alunos novos demorem um pouco para se enturmar com um grupo já formado. Para facilitar esse período, adote um sistema de tutoria em que um colega da turma que já estuda na escola há mais tempo mostre ao novato todos os departamentos, o acompanhe e oriente em relação aos procedimentos da escola e tire suas dúvidas. Esse acompanhamento pode variar de uma semana a um mês. Algumas escolas marcam o início das aulas para os novatos um ou dois dias depois do início oficial das aulas. Nesses dias, o professor dá informações sobre o novo colega que vai chegar (nome, de onde ele vem, o que fazem os pais etc.) e escolhe o aluno que fará a tutoria. Em instituições em que há grêmio estudantil, essa recepção pode ser feita por um membro da entidade.







5. Primeiro contato com cada setor

Reforce também a importância dos funcionários de apoio e administrativos serem receptivos com todos e especialmente solícitos com quem ainda não conhece as dependências e rotina da unidade. Estude a hipótese de a classe do primeiro ano - em que todos devem ser novos - fazer uma excursão pela escola com paradas em cada setor para que um responsável da área explique o funcionamento da cantina, da biblioteca, da secretaria, etc. Algumas escolas marcam o início das aulas em dias diferentes para cada três ou quatro turmas para que todos os funcionários deem atenção a chegada de todos.



6. Aulas inaugurais diferenciadas

As primeiras aulas devem apresentar os conteúdos que serão trabalhados durante um período (bimestre, trimestre ou semestre), de acordo com o que foi planejado na semana pedagógica. Uma maneira de apresentar os projetos que serão desenvolvidos é mostrar à turma os trabalhos feitos sobre o tema em anos anteriores. Ao coordenador pedagógico, cabe orientar os professores para que façam uma avaliação inicial antes de introduzir cada conteúdo. As perguntas, quando bem elaboradas, além de dar uma noção precisa do que cada aluno sabe sobre o tema e de que ponto os professores podem avançar, servem para despertar a curiosidade e dar uma prévia do que as crianças aprenderão durante o projeto.






7. Regras bem compreendidas

Decida com a equipe, também no final da semana pedagógica, quem apresentará o estatuto da escola - e como - e em que momentos serão feitos os combinados entre professores e alunos. O próprio diretor pode ter essa função. Para isso, ele precisará ir de sala em sala, se apresentando, dando as boas vindas e explicando algumas regras de convivência já em vigor - que devem ser transmitidas de forma que os alunos entendam porque elas existem. Uma sugestão é partir dos direitos de cada um para os deveres de todos. Por exemplo: todo estudante tem direito a material didático de qualidade, para isso cada um deve cuidar bem dos livros que usará naquele ano para que eles possam ser reutilizados no próximo. É importante gastar alguns minutos com o assunto logo nos primeiros dias de aula, antes que as situações em que caberia o uso de determinadas regras ocorram. Com as regras gerais conhecidas, cada professor pode organizar com a uma turma os combinados internos. Para isso é preciso ouvir os alunos e sistematizar as discussões, chegando a normas internas para cada grupo.

Leia com olhos do coração...

Segurando sua mão

Fabrício, meu aluno, era caladinho com os colegas... regular na aprendizagem... não conversava comigo... e a mãe sempre dizia que ele era muito "devagar"... Comunica-se através da libras... Antes do recesso de junho, depois de ter passado uma atividade, pedi licença à turma e fui tomar um cafezinho na cozinha da escola (saí sem fazer o desjejum). Quando estou saboreando meu café, aparece o Fabrício com o rosto ensangüentado, acompanhado por dois colegas contando que ele tropeçou e bateu com a testa na quina da porta. Olhei o ferimento e percebi haver necessidade de levar pontos. Liguei para a família avisando o ocorrido. Logo a irmã chegou e fomos para a clínica. A irmã estava nervosa, chorando e dizendo que o Fabrício ia desmaiar porque "não agüenta dor, nem ver sangue". Quando chegamos, olhei para o Fabrício, disse-lhe que os pontos não iriam doer pois a médica daria anestesia. Durante a sutura fiquei segurando sua mão, sempre sorrindo para ele. Depois de ser medicado deixei-os em casa e voltei para a escola. No outro dia, na sala, encontro o Fabrício feliz da vida. Fiquei surpresa, pois o surdo geralmente tem a saúde frágil e qualquer indisposição os deixa na cama. Pedi para ele contar tudo que aconteceu na clínica, para construirmos um texto. Muito à vontade começou a contar o ocorrido e sempre sinalizava que eu estava junto dele e segurava sua mão. A partir daí o Fabrício ficou "enturmado", sempre me sorria e conversava contando as coisas do seu dia a dia. Na reunião de pais, sua mãe me perguntou por que o Fabrício mudou tanto... chegava em casa ia logo estudar, estava atencioso com a família e fazendo planos de ser aprovado para a 5ª série. Respondi-lhe que também observei a sua mudança na escola mas, não tinha uma resposta para dar. Depois da reunião, avaliando os resultados do encontro com os pais, fiquei pensando... não teria respostas para a mãe do Fabrício mas, muitas vezes, em certos momentos da nossa vida, gostaríamos imensamente de ter alguém segurando fortemente nossa mão...

(Elza Portugal)