A escola é um espaço social de convivência de pessoas, e não uma linha mecânica de serviços e produção de resultados. Muitas escolas já compreendem isso e tentam equacionar o ensino com a formação de um ambiente humanizado de trabalho. Mas não são todas as escolas, pois muitas insistem em políticas e práticas desumanas.
Para que a escola seja um bom espaço social de convivência temos que entender o significado mais profundo da palavra convivência:
a) Saber viver com o(s) outro(s).
b) Compartilhar pensamentos e emoções com o(s) outro(s).
c) Construir relações enriquecedoras com o(s) outro(s).
d) Entrelaçar a história da minha vida com a história de vida do(s) outro(s).
Tudo isso é convivência, mais ou menos facilitada de acordo com dois fatores principais: nossa predisposição em conviver com o(s) outro(s), e a predisposição da escola em fazer do ambiente de trabalho um ambiente acolhedor e facilitador da convivência.
Conviver é a arte de estar com o outro, sentir o outro, respeitar o outro, compartilhar com o outro, somando valores e ideais.
Num bom ambiente de convivência encontramos o refinamento da competição, que deixa de ser destruidora para passar a ser solidária, ou seja, cooperativa, o que, aliás, deve proporcionar a educação.
Para transformar o ambiente de trabalho num bom ambiente de convivência, siga as seguintes dicas, feitas especialmente para você, que é gestor escolar:
1. Em reuniões com a equipe, saiba também ouvir.
2. Saiba pedir sugestões à equipe.
3. Procure sempre ouvir opiniões sobre suas decisões.
4. Evite julgar as pessoas.
5. Busque nas pessoas que trabalham com você os aspectos positivos.
6. É bom admitir ao grupo suas falhas e pedir desculpas.
7. Interaja com os outros.
8. Sempre que necessário, peça ajuda, você não é infalível.
9. Substitua piadas de mau gosto por incentivos à autoestima.
E lembre-se: exercite sempre o diálogo. Não fique fazendo guerra verbal. Troque idéias e opiniões, converse naturalmente.
É melhor trabalhar num ambiente de convivência salutar, do que num ambiente estressante e não motivador.
Afinal, como podemos educar crianças e jovens se somos deseducados com os adultos que trabalham conosco?
*Marcus De Mario é diretor do IBEM, editor da revista ReConstruir, educador e escritor
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